quinta-feira, 17 de julho de 2008

Aquela casa velha

Estive na casa das solidões. De repente aquele caos de vozes ao meu redor se calou enquanto eu visitava a casa das solidões. Lembrei-me daquele amor puro, verdadeiro, profundo, lembrei-me da nossa ingenuidade em acreditar que venceríamos a vida, lembrei-me da cascata de sangue e tristeza. Estive na casa das solidões. Acho que sempre estive lá, mas optei pela minha capacidade de abstração. É assim que escondo minhas saudades. Mas meus amores, eu não consigo esconder. Era isso, um amor puro no qual ela não deve pensar muito. Mas um amor bom. Um amor gostoso. E aquele machucado, aquela ferida. Eu destruí tudo. Não queria, jamais quis causar aquela dor. Porque o amor era puro demais para acabar. E agora, ela também está na casa das solidões.

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