quarta-feira, 26 de maio de 2010

Falando em gêneros

"TRANSFOBIA" é uma das melhores palavras que já ouvi na vida!

Indiretamente falando

Relações interpessoais conseguem ser assustadoras! Por mais que se conheça um indivíduo - ou se julgue conhecer -, é impossível confiar plenamente em um sorriso, em uma palavra positiva.
O termo de ordem é conveniência.
Nossas próprias intenções nos enganam, tão prontamente dispostas a mudar, seguindo uma espécie de tendência humana natural pelo conveniente. É algo que faz da consciência uma verdadeira armadilha, repleta de caminhos capciosos que guiam nossas escolhas sem que haja tempo para pensar nas tão faladas consequências. Temidas consequências! Rédeas dos pensamentos do mundo, mas sempre inesperadas... ao menos em suas proporções.

O esvaziar dos sentidos, diga-se de passagem, tornou-se praticamente um perseguidor, como se nada mais tivesse um significado original - ou nem sequer precisasse de um qualquer.
Às palavras é permitido que sejam completamente vazias; apenas sons propositalmente agradáveis, emitidos conforme as regras da situação.
"Ser" e "estar" já não são diferenciados, bem como sentimento e emoção.
O definitivo deixou de existir, e a única opção que resta é mudar; a estratégia básica da sobrevivência. Abrir mão, trocar um pelo outro, desistir se atrapalhar... Até mesmo o amor, aquele que ousamos chamar de eterno, anda quantificado, para que seus exageros não atrapalhem a fluidez da vida. Separou-se, ainda, o amor da paixão, pois ambos podem se tornar perigosamente dependentes. É possível, inclusive, experimentá-los separadamente, com alternâncias múltiplas - tanto de seres quanto de objetos.
Apegarmo-nos, então, é um erro crasso! E deixamos de depender do tempo, porque, neste estado evolutivo, é o tempo que depende de nós.

Por essas e outras, deixamos de acreditar em declarações e percebemos que qualquer prova é falha, por ser momentânea.
Hoje em dia, confiamos unicamente em nosso instinto dissimulador e, bem, às vezes, nem mesmo nele.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Citações

Quanto mais analisamos as pessoas, mais desaparecem todas as razões para analisar. Acabamos chegando a essa coisa horrível e universal chamada natureza humana. (Oscar Wilde, A Decadência da Mentira)
Lendo as diversas máximas de Oscar Wilde penso em como sua vida amorosa deve ter sido miserável e em como suas obras são perfeitas.
Será que, ao viver a arte, opta-se, inerentemente, pela negatividade do amor?
Minha arte não me dá nada, mas o amor sempre me deu muito menos...

Autofobia

Quando o sono não vem torno-me refém de meus pensamentos. Não sou capaz de desligar minha mente quando quero, o fluxo é alto demais e, mesmo diminuindo-o, não cessa completamente.
Meu maior medo é deitar em minha cama e não conseguir dormir... algo que acontece todas as noites.

domingo, 23 de maio de 2010

What the hell am I doing here?



Essa música é um hino da geração à qual pertenço, que viveu uma transição inexplicável. Essa música é um hino próprio também. Até porque eu e minha geração não temos características muito diferentes. Fragmentada, em busca de uma identidade cada vez mais distante, cheia de autopiedade, desesperada e decadente, tentando abarcar o caos enquanto se acostuma com a liquidez e superficialidade que se tornou o século XXI. E meu hino eu prefiro na voz de Jonathan Davis, que sabe soar mais doentio, como se estivesse o tempo todo machucado. Aliás, é uma das coisas que eu adoro em Korn - é só reparar nas letras.

Do passado

Olhando para trás, começo a achar que o tempo passou rápido... mas quando o passado é presente tudo parece interminável. Como agora.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Trabalho

Outro dia, perguntaram qual seria minha profissão. Eu gostaria de ser ilustradora profissional; gostaria que meus desenhos valessem alguma coisa. Mas enquanto as pessoas continuarem a dar preço no meu trabalho - e não o contrário - eu vou procurando construir outra carreira. Porque eu desenho de graça quando é pra mim mesma, afinal, como vou me pagar se não com evolução própria?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dos pensamentos

D'onde demônios vem,
Da própria cabeça, se não?!
Vem, trazem mais também!
Sem humanidade são todos em vão.

Hurt (by Nine Inch Nails)

I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real
The needle tears a hole
The old familiar sting
I try to kill it all away
But I remember everything

What have I become
My sweetest friend?
Everyone I know
Goes away in the end

You could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

I wear this crown of shit
Upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair
Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here

What have I become
My sweetest friend?
Everyone I know
Goes away in the end
You could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way.

Sobre a perda e a morte

Antes que as lágrimas sequem
Você começa a se perguntar
Se é só isso mesmo.

Thanatos não diz
Quando vem ou quando chama
Ninguém nos preparou.

Por mais que tenhamos
Pedido: leve-o, leve-o agora
Choramos nossa própria dor.

Essa é a agonia do egoísmo
Não há outra explicação
Para sofrer a perda.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Inferno

Dizem que, um mês antes de seu aniversário, você passa por um inferno astral. O meu começou um pouco antes. Uma má notícia e outras vão se acumulando, sucessivamente, indefinidamente. Azar no jogo eu sempre tive, no amor também. Azar na família, azar na vida. Mais azar no amor. Minha única sorte é conseguir produzir a partir disso.
Mindless - acrílico em tela - 50x60

segunda-feira, 3 de maio de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Enquanto escrever ainda é difícil demais...

T.S. Eliot - The Hollow Men


Mistah Kurtz -- he dead.



A penny for the Old Guy


I

We are the hollow men
We are the stuffed men
Leaning together

Headpiece filled with straw. Alas!

Our dried voices, when

We whisper together

Are quiet and meaningless

As wind in dry grass

Or rats' feet over broken glass

In our dry cellar


Shape without form, shade without colour,

Paralysed force, gesture without motion;


Those who have crossed

With direct eyes, to death's other Kingdom

Remember us -- if at all -- not as lost

Violent souls, but only

As the hollow men

The stuffed men.

II
Eyes I dare not meet in dreams

In death's dream kingdom

These do not appear:

There, the eyes are

Sunlight on a broken column

There, is a tree swinging

And voices are

In the wind's singing

More distant and more solemn

Than a fading star.


Let me be no nearer

In death's dream kingdom

Let me also wear

Such deliberate disguises

Rat's coat, crowskin, crossed staves

In a field

Behaving as the wind behaves

No nearer --


Not that final meeting

In the twilight kingdom


III
This is the dead land

This is cactus land

Here the stone images

Are raised, here they receive

The supplication of a dead man's hand

Under the twinkle of a fading star.


Is it like this

In death's other kingdom

Waking alone

At the hour when we are

Trembling with tenderness

Lips that would kiss

Form prayers to broken stone.


IV

The eyes are not here

There are no eyes here

In this valley of dying stars

In this hollow valley

This broken jaw of our lost kingdoms


In this last of meeting places

We grope together

And avoid speech

Gathered on this beach of the tumid river


Sightless, unless

The eyes reappear

As the perpetual star

Multifoliate rose

Of death's twilight kingdom

The hope only

Of empty men.


V

Here we go round the prickly pear

Prickly pear prickly pear

Here we go round the prickly pear

At five o'clock in the morning.


Between the idea

And the reality

Between the motion

And the act

Falls the Shadow


For Thine is the Kingdom


Between the conception

And the creation

Between the emotion

And the response

Falls the Shadow


Life is very long


Between the desire

And the spasm

Between the potency

And the existence

Between the essence

And the descent

Falls the Shadow


For Thine is the Kingdom


For Thine is

Life is

For Thine is the


This is the way the world ends

This is the way the world ends

This is the way the world ends

Not with a bang but a whimper.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Crônica para o Natal moderno

(por Francine Oliveira)

Enquanto vamos todos curtindo o excessivo calor primaveril resultado do temido - e agora polemiquíssimo - aquecimento global, andando pela rua e absorvendo minha dose diária de raios UV, noto as vitrines das lojas, nas quais os pobre Papais Noéis já estão se afogando em um monte de algodão, pisca-piscas e guirlandas de graminhas sintéticas. Se antes o entusiasmo para iniciar a rotatividade do capital natalino fazia com que os comerciantes se antecipassem cerca de um mês, hoje, em fins de outubro já percebemos algumas combinações de dourado, verde e vermelho anunciando o início das compras exageradas ao redor de nosso mais querido mito permanente.

Substituir o veludo vermelho e as botas por camisas estampadas, bermudas e chinelos foi a solução para manter o velinho nos trópicos, mas a ideia não vingou e até mesmo nos países que passam o Natal no verão a preferência é por manter o coitado com suas vestimentas tradicionais além de insistirem para que ele desça pela chaminé com um saco de presentes e mantenha a barba branca! O problema é que agora as chaminés quase não existem e aprendemos a desconfiar de quem é bonzinho demais e já chega dando presentes... Então, além de passar calor, Noel tem que pular janelas e correr o risco de ser alvejado por algum morador mais paranóico. E não é que o Natal continua sendo uma época mágica do ano?

Eu ri (parte 3)

Geeeentem! E depois eu duvidei da minha fessora de História da Arte quando ela disse que não tinha colocado a foto dessa pintura do Coubert no data show pq ela é muito agressiva... POW, eu acho genial pq ela chama "Origem do Mundo" hahahaha e olha que eu embacei o negócio! Mas aquim, isso é do século-sei-lá-qual-entre-dezesseis-e-dezenove, dexa as cabelêra da moça lá ué!