domingo, 6 de junho de 2010

Destino

Neil Gaiman foi quem melhor descreveu o destino até hoje, na forma de, bem, Destino:
Percorra qualquer caminho no jardim de Destino e você terá que fazer não apenas uma, mas muitas escolhas. Os caminhos se bifurcam e se dividem. A cada passo neste jardim, uma escolha é feita. E cada uma determina rumos futuros. Após caminhar a vida toda, porém, às suas costas você enxergaria um único e longo caminho. À sua frente, veria somente escuridão. Às vezes, você sonha com os caminhos de Destino e especula sem propósito. Sonha com os caminhos que seguiu e com os que deixou de seguir... Os caminhos divergem, se ramificam e se reencontram; dizem que nem mesmo Destino sabe aonde levará cada trilha, cada atalho. Mas, mesmo se pudesse, Destino não revelaria. Destino guarda seus segredos. O jardim de Destino. Você o reconheceria. Afinal, irá percorrê-lo até morrer. Ou além. Porque os caminhos são longos e não terminam com a Morte.
 Destino dos Perpétuos é o único que compreende a geografia peculiar do jardim, alheio ao tempo e ao espaço, onde o potencial torna-se o real. Destino sabe. Carrega um livro que é um guia do jardim e das minúcias do futuro-passado. Destino não segue seu próprio caminho. Não toma decisões, não escolhe trilhas. Seu rumo está traçado do início dos tempos ao fim de tudo.
(Sandman - Estação das Brumas: um prelúdio)

Um texto para a amiga Camila Make Up ;) 
 

Nenhum comentário: