domingo, 29 de agosto de 2010

Fear, again?!


A razão de você estar vivenciando esse medo é porque, em algum momento de sua vida, você bloqueou sua sensibilidade ao decidir se defender de algo que você considerava um sofrimento: "é melhor não sentir, pois isso pode doer..."
A escolha dessa freqüência de cor demonstra que vem ocorrendo uma descentralização de seu próprio ser e, ou foi a própria descentralização que ocasionou o seu medo ou ela passou a existir em sua vida a partir do fato que o levou a vivenciar esse sentimento de medo. A falta de domínio sobre o processo, decorrente do impedimento da livre expressão da sensibilidade, atrai para sua vida contínuas situações onde pessoas de seu relacionamento lhe incomodam ao tentar obrigar você a agir de determinada forma ou a tentar impedir que sua ação transcorra da maneira como você decidiu ou como você prefere. Um sentido de invasão e desrespeito às suas próprias vontades e necessidades interiores acaba ocorrendo e você nem mesmo percebe que, exatamente, sua própria vibração freqüencial é que acaba atraindo essa situação para sua vida.

Ora esse processo é acompanhado de revolta e ora de culpa por não atender às expectativas de pessoas que lhe são importantes. Mas, independente de qual seja sua reação predominante, essa falta de domínio sobre sua própria vontade abala a sua "confiança interior", desenvolvendo, em alguns casos, um sentido de "talvez estar sendo injusto" e em outros casos um sentido de "cansaço em lutar contra situações tão desgastantes". Isso ocorre, basicamente, por você se manter desconectado do ponto mais essencial de seu ser: o seu próprio "Eu"!
Seus objetivos de vida, principalmente os pessoais, se abalam quando você avalia o esforço exigido para enfrentar as imposições. Você já se sente cansado ou revoltado antes de tentar concretizar o que quer e, o mais complicado, é que dependendo do tempo em que você vem passando por isso, é como se você já nem mesmo soubesse o que, você, realmente quer. Em momentos oscilatórios, parece que nem vale muito a pena lutar, já que aquilo que você quer realizar vai exigir muito de você e, ainda, observa que os sentimentos que vêm à tona são na maior parte das vezes passivos e negativos, tristes e depressivos.


Dá pra imaginar ou perceber que é quase impossível evitar um sentido de frustração, não é mesmo? Você sente uma desestruturação que antecede as possibilidades. O mais interessante é que, quando você consegue estar isolado de determinadas presenças ou situações e se torna possível você avaliar a situação de fora, é quase ilógico tudo o que você vivencia!
Toda essa somatória de incertezas gera uma imprecisão em seus atos. Como a ausência da sensibilidade se instalou num sentido de defesa interior e, por isso sua intuição ficou bloqueada, a facilidade que poderia decorrer do livre fluir intuitivo nos seus direcionamentos, decisões e na organização de sua vida se torna quase impossível.
Por estar assim, tudo comumente lhe parece tão desorganizado... A casa, o carro, as etapas, as roupas, a cozinha, a mesa de trabalho, enfim... O resultado é que nunca há tempo de concluir a organização. É muito comum que a casa, o quarto ou o espaço de trabalho do "portador" de um medo azul índigo esteja sempre aguardando a ordem final.

Quando a pessoa já consegue manter a ordem em suas coisas, em seus negócios, em seus objetos, em seu trabalho, em seu carro, etc, o processo é sempre cansativo pelo esforço que se tem que fazer para chegar a isso e para manter tal ordem.
Isso acontece porque a atenção aprisionada ao mundo concreto, mais uma vez, impede que se mantenha o domínio essencial que pode estruturar critérios equilibrados e adequados. Portanto, a desatenção essencial ocasiona a perda de critérios e em conseqüência não se consegue alimentar a confiança em si, no outro, nos objetivos, nos propósitos e nos passos a serem dados.
A direção a ser tomada em suas buscas e objetivos não é percebida, vista ou reconhecida porque sem o contato essencial com seu "Eu" a intuição fica profundamente comprometida e impedida de reconhecer metas efetivas.

A síntese de toda essa realidade gera um sentido de falta de amor que é vivenciada quando o exigir se desequilibra. A primeira sensação de "invasão" faz com que um sentido de "exigência que inferioriza ou tenta inferiorizar" leve você a reagir desequilibradamente, procurando se reforçar nas reações e, pelo próprio processo, a tentativa de superioridade adotada como defesa, muitas vezes fracassa e fica difícil compreender ou aceitar as outras pessoas de seus relacionamentos e, ao mesmo tempo é inevitável que você perceba compreensão ou evite a incompreensão por parte das pessoas de seus relacionamentos. Compartilhar, aceitar, doar ou qualquer dos movimentos naturais da expressão do Amor ficam aprisionados e impedem o prazer. Então, as ações se concluem "mornas", sem retorno de especial significado.

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